A mais forte categoria profissional urbana do País, os metalúrgicos do Estado de São Paulo está em campanha salarial. A Federação organizada no âmbito da CUT, com data-base em setembro, já está negociando a Convenção Coletiva com a classe patronal. Nesta terça (29), os 53 Sindicatos vinculados à Força Sindical se reuniram em assembleia na capital paulista, para organizar a campanha dos cerca de 600 mil trabalhadores. A data-base é 1º de novembro.

Plenária na sede da Federação, em São Paulo, reuniu os 53 Sindicatos filiados 

Para o presidente de Federação, Cláudio Magrão, a campanha deste ano deve ter como marca principal a massiva participação da categoria. Ele diz: “A orientação tirada da assembleia é para que os Sindicatos façam muitas ações na base, ouçam os companheiros e coloquem a fortemente a categoria na luta salarial”.

Proteção – Dirigentes e advogados das entidades querem assegurar, por meio da negociação, proteção a direitos ameaçados pela reforma trabalhista. A meta, explica Cláudio Magrão, é garantir que a Convenção Coletiva abrigue direitos e garantias ameaçados pela reforma, que deve entrar em vigor dia 12 de novembro, ou seja, em plena campanha salarial.

Sindicalização – As entidades também devem aproveitar a mobilização da campanha salarial para ampliar o índice de sócios. “A média brasileira de sindicalização é baixa. Entre os metalúrgicos, é maior. Mas pode ser aumentada agora, utilizando pra isso as assembleias nas fábricas”, afirma o presidente da Federação.

Protesto – Durante a assembleia, Miguel Torres, presidente do Sindicato da categoria em SP e Mogi e também da Confederação, divulgou a agenda do Movimento Brasil Metalúrgico, que mobiliza Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais, com o primeiro objetivo de garantir direitos. Segundo Miguel, “em 14 de setembro, faremos o Dia Nacional de Lutas e Protestos”. Quem estiver em campanha salarial deverá promover também paralisações. Em 29 de setembro, deve acontecer plenária nacional metalúrgica.

 Via Agência Sindical