“Com 44 horas semanais de trabalho, incluindo as duas horas extras permitidas pela legislação, a jornada brasileira vai até 54 horas e, por este motivo, temos de intensificar a mobilização para as 40 horas se tornarem realidade. Fruto desta pressão e negociações coletivas, temos, hoje, mais de 30 categorias usufruindo das 40 horas ”, declara João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical. A redução da jornada desperta o interesse de todos os trabalhadores que desejam conviver mais com a família, estudar mais, ter lazer e descanso.
“O crescimento econômico é sempre determinado pela demanda. Neste sentido, o emprego gerado pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários tem, por um lado, potencial de puxar o crescimento econômico, e, por outro, tem um componente redistributivo. Ademais, o Brasil possui um número elevadíssimo de assalariados trabalhando mais do que a jornada legal. Em 2015, em São Paulo, este número chegou a 25,3%; em Salvador, este número chegou a 34,7%”, segundo a PED/Dieese.
Aqui estamos tratando de jornada efetiva. A análise ‘Custo do Trabalho, produtividade e competitividade: evolução recente e comparações internacionais’, da CNI, elaborado com dados do Bureau of Labor Statistics (BLS), sobre o custo do trabalho, constata que o custo do trabalho no Brasil é relativamente baixo, sobretudo se comparado a países como os EUA e a Zona do Euro: enquanto no Brasil o custo é US$ 11,20 por hora, na Zona do Euro o custo é de US$ 41,27, nos EUA US$ 35,67 e na Argentina US$ 18,87”, observa Altair Garcia, técnico do Dieese
Fonte: Força Sindical